domingo, 25 de março de 2018

SEMANA SANTA

A Semana Santa deve ser um tempo de recolhimento, interiorização e abertura do coração e da mente para o Deus da vida

Iniciamos, no Domingo de Ramos, mais uma Semana Santa com a entrada triunfal de Jesus na cidade de Jerusalém. Aí começa uma nova fase na história do povo de Israel, quando todos se voltam para a cena da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.
A Semana Santa deve ser um tempo de recolhimento, interiorização e abertura do coração e da mente para o Deus da vida. Significa fazer uma parada para reflexão e reconstrução da espiritualidade, essencial para o equilíbrio emocional e a segurança no caminho natural da história de vida com mais objetividade e firmeza.
Quinta-feira Santa - Missa às 20h Em Sto Antonio de Lisboa
Quinta-Feira Santa, iniciamos o "Tríduo Pascal", são dias nos quais fazemos memória ao mistério de amor: Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, centro de toda ação litúrgica. Neste dia, celebra-se, pela manhã, a Missa Crismal, ou seja, todos os sacerdotes se reúnem ao redor do bispo, no altar de cada diocese, em sinal de comunhão eclesial, para renovar as promessas sacerdotais 
É de suma importância voltar o coração àquele momento do propósito do eleito,  da promessa de obediência, da imposição das mãos e da oração consecratória, ao dia da ordenação de cada sacerdote.
  • Neste dia celebra-se a missa dos Santos óleos, e a missa da ceia do Senhor, onde se realiza também o rito do lava-pés, relembrando o gesto que Jesus fez com os seus discípulos. Este rito ajuda a compreender a importância do mandamento do amor para os cristãos.
Sexta-feira Santa - Adoração em Sto Antônio de Lisboa

Celebra-se neste dia a Paixão e Morte de Jesus Cristo, onde o jejum, a oração e o silêncio devem marcar este momento.
  •  Não se celebra a Eucaristia neste dia. O rito da celebração da Paixão do Senhor é composto de três partes: a liturgia da Palavra, a adoração da Cruz e a comunhão eucarística.
  • Ao contrário do que muitos pensam, a Paixão não deve ser vivida em clima de luto, mas de profundo respeito e meditação diante da morte do Senhor que, morrendo, foi vitorioso e trouxe a salvação para todos, ressurgindo para a vida eterna.

Sábado Santo 
  •  Nesse dia, venera-se o repouso de Jesus no sepulcro, e onde se realiza também a Vigília Pascal, que nada mais é uma noite de vigília em honra do Senhor (cf. Ex 12, 42).
  • O Sábado Santo, com o Jejum e com a Oração silenciosa, expressa também nossa inquebrantável esperança na ressurreição final e na Segunda vinda do Senhor. A terra, grávida de Cristo, está para dar à luz o Senhor ressuscitado, como primícias da nova criação.
  • A Vigília Pascal é densa e grande. A Celebração da Vigília Pascal é o centro da Semana Santa. Toda a quaresma e os dias santos preparam-nos para o momento culminante: o da ressurreição. 
A celebração compreende quatro partes: 
  • A liturgia da Luz,  a primeira parte desta Vigília celebra a Cristo, Luz que ilumina a todo homem, simbolizado no Círio Pascal, imagem de Cristo Ressuscitado.
  • Com a benção do fogo e do Círio, a Igreja às escuras na entrada do Círio lembra que o Cristo Ressuscitado é a luz do mundo, quebra a escuridão e enche de luz a todos aqueles que se aproxima dele com fé viva. É o triunfo da luz sobre as trevas do mal. Essa primeira parte termina com a ação de graças ou proclamação da Páscoa ( Exultet) , que exprime o caráter cósmico da vitória de Cristo
  • A Liturgia da Palavra -  as leituras do Antigo e Novo Testamento mostram em grandes pinceladas o amor maravilhoso de Deus. Desde a criação do mundo, todas as promessas e a aliança até a sua realização plena na morte e ressurreição de Cristo, mediador da Nova Aliança.
  • A Liturgia Batismal - Na terceira parte da Vigília, tudo o que é anunciado se faz realidade através dos sacramentos, dos quais, o batismo é o primeiro. O sinal sacramental do batismo é a água. O celebrante, enquanto mergulha o Círio Pascal na água, benze-a e consagra-a, pedindo a deus para que envie o Espírito Santo sobre ela, para torná-la fecunda e, assim, dessa água poderem nascer os filhos de Deus.
  • A Liturgia Eucarística – é a expressão de viver a nova vida de ressuscitados junto com Jesus . A eucaristia é o ponto alto da noite pascal. O encontro pessoal com o ressuscitado, na comunhão, torna-nos participantes do triunfo sobre a morte e sobre o mal. A Páscoa de Cristo é a nossa Páscoa, a Páscoa da Igreja (Rm 6, 9).

  • O centro da Semana Santa é a Vigília Pascal. Muitas coisas nos alegram na vida, assim como outras nos entristecem. Nenhuma nos pode alegrar tanto como a Ressurreição do Senhor. Desde que Cristo ressuscitou, a vida não é um caminho que fatalmente desemboca na morte, mas a morte é um caminho que fatalmente desemboca na vida.


  • Domingo de Páscoa 

Páscoa (do hebraico Pessach) significa passagem. É uma grande festa cristã para nós, é a maior e a mais importante festa. Reunimo-nos como povo de Deus para celebrarmos a Ressurreição de Jesus Cristo, Sua vitória sobre a morte e Sua passagem transformadora em nossa vida.

A Páscoa é o centro do Ano Litúrgico e de toda a vida da Igreja. Celebrá-la é celebrar a obra da redenção humana e da glorificação de Deus que Cristo realizou quando, morrendo, destruiu a morte; e ressuscitando, renovou a nossa vida.


Todos nós cristãos devemos, hoje, nos comprometer em nos mantermos fiéis às nossas origens e celebrarmos o sentido original, belo e profundo da nossa maravilhosa festa, que é a celebração da Ressurreição do Senhor. Que nossas boas obras e nossas vozes, em cada canto das nossas cidades, possam levar a alegria do Ressuscitado; sobretudo aos pobres, doentes, distanciados e a todas as pessoas, pois são amadas pelo Pai.



Irradiemos ao nosso redor a esperança e a certeza da presença de Cristo Ressuscitado. Que se encha nosso olhar de luz, como os das mulheres que viram o sepulcro vazio e o Filho de Deus ressuscitado (Mt 28). Que possamos também nós, numa só fé, exclamar como elas: O Senhor Ressuscitou, aleluia!



Nenhum comentário:

Postar um comentário